sexta-feira, 31 de julho de 2009

Quanto nós merecemos?

O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas. A maioria das pessoas que conheço, se fizesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver melhor. Os problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles.

Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o inconsciente nos passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco.

Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram essa história direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e… mais culpa.

Um psicanalista me disse um dia:
– Minha profissão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d’água. Milagres ninguém faz.

Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos de vez –, somos assediados por pensamentos nem sempre muito inteligentes ou positivos sobre nós mesmos.
As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem sou eu para estar bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, afetos razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada disso. Não nos ensinaram que “Deus faz sofrer a quem ama”?

Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar.

Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danoso mito da mãe santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos filhos mais que perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável.

Sofremos sob o peso de quanto “devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, afinal, por trás delas existe apenas gente, tão frágil quanto nós.

Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas:
– Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo sucesso, vive com alguma tranqüilidade financeira… será que você merece? Veja lá!

Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta vida. Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro do que precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, ficamos inquietos e queremos trocar; se uma relação floresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro, dando um jeito de podar carinho, confiança ou sensualidade.

Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma opção burra e destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer, conforto ou serenidade.

No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto.

Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com notas frias?

Lya Luft

E o mundo gira

E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib, Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace,
megahair,alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street
O samba,pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis

Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e tv

Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças.

Luiz Fernando Veríssimo

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Despedidas e adoção do Sarney

Sarney foi adotado!!!

Sábado, dia 25/07 seu novo dono foi buscá-lo em minha casa.

Desde que fiquei sabendo do interesse na adoção comecei minha despedida, porque afinal de contas, foram quase dois meses juntos, de tratamento intensivo, de banhos diários entre outras coisas que quem já teve um filhote de cão sabe muito bem (choro, MUITAAAAA caca mole, xixi e derivados).

Ao ver Sarney forte, brincalhão, com a pelagem quase 100% percebo que todos esforços e sacrifícios feitos valeram a pena, até a Escabiose que peguei no dia que tirei ele da rua quase sem vida ( e demorou mais de um mês para curar)...


Enfim, consegui ajudar mais um animal, o que me deixa muito feliz, e com a ajuda de muitas pessoas divulgando que se sensibilizaram com este filhote vítima de maus- tratos - como outros milhões de BICHOS e GENTE - essa história parece ter tido um final feliz. MUITO OBRIGADA a todos!

Segue algumas fotos dos meus últimos dias com o Sarney e o encontro com seu novo "pai".





























domingo, 26 de julho de 2009

Apenas 5%

Leiam o texto e se perguntem em que parte dessa porcentagem você está.

Se porventura você não se enquadrar nos 5%, corra atrás, pois ainda tem tempo.

O texto diz o seguinte:

Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria.

Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.

Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio.

Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu?

Que nada. Com certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente.

Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa.

Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.

"Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez", disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.

"Desde que comecei a lecionar isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma.
Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas."

Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.

O interessante é que esta percentagem vale para todo o mundo.

Se vocês prestarem atenção notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.

É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores.

Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso.

Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.

Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. “Obrigado pela atenção e vamos à aula de ". Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso.

Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci.

Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida.

De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.

“Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.”
(Autor desconhecido)


sexta-feira, 24 de julho de 2009

... mais Lya ...

"Não sou a areia onde se desenha um par de asas ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola nas marés do mundo, em cada praia resnascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento, servo e senhor, e sou mistério.

A quatro mãos escrevemos este roteiro para o palco do meu tempo: o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério."

Lya Luft

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pensar é transgredir

Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.

Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.

Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"

O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.

Sem ter programado, a gente pára pra pensar.

Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.

Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.

Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.

Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.

Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.

Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

Lya Luft

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Resiliência

É uma palavra desconhecida por muitos mas de significado entendido por todos,com intensidades diferentes.

Foi em uma aula com o falecido Professor Dr Salvador Célia que comecei a prestar mais atenção nesta capacidade incrível do ser humano a "aprender a viver" suas vidas, mesmo diante de tantas catástrofes. Muitos devem se perguntar: "Como consegui passar por aquilo?" ou "Como fulano conseguiu?Se tivesse acontecido comigo eu não teria superado isso".


Diante desta palavra que hoje acordei pensando, resolvi escrever este Post meio "educativo sobre o subjetivo".

Resiliência é um termo proveniente da física que faz referência à capacidade que possui um corpo para recuperar sua forma original depois de suportar uma pressão. Ao ser incorporada a ciência do comportamento foi definida como a capacidade que o individuo possui para superar adversidades e sair fortalecido.

Resiliência não significa invulnerabilidade, nem impermeabilidade ao estresse. Está relacionada ao poder que a pessoa tem para enfrentar uma situação estressante e sair recuperada.É caracterizada como um conjunto de processos sociais e intrapsíquicos que possibilitam ter uma vida saudável, até mesmo vivendo em um ambiente não saudável. Integrando ingredientes psicológicos, sociais, emocionais, cognitivos, culturais, éticos, entre outros. Envolve fatores de risco e de proteção. Os primeiros são os acontecimentos estressantes da vida, tais como a pobreza, as perdas afetivas, as enfermidades, o desemprego, as guerras, entre outros. Os fatores de proteção são as influências que modificam, melhoram ou alteram a resposta de uma pessoa frente a algum perigo que pode desencadear não adaptação. Entre estes, estão as relações parentais satisfatórias, fontes de apoio social disponíveis, auto-imagem positiva, crença ou religião, favorecimento da comunicação e colaboração na resolução de problemas.

A resiliência não é absoluta nem é adquirida. É uma capacidade que resulta de um processo dinâmico e evolutivo que varia conforme as circunstâncias; a natureza humana; o contexto e a etapa de vida, e cuja expressão varia de diferentes maneiras em diferentes culturas. É um processo, um vir a ser. Desta forma, não se deve falar de resiliência em termos individuais. Não se é menos resiliente, como se a pessoa possuísse um catálogo de qualidades. Desta forma, não é tanto a pessoa que é resiliente, mas sua evolução, o processo de sua historia vital individual.

Pessoas com capacidade de resiliência são mais resistentes, suas características de personalidade estão associadas a maiores níveis de afeto positivo e, menores de afeto negativo, respostas psicofisiológicas de estresse. Mostra maior tolerância à frustração e agem de diferentes formas. A primeira é a forma como percebem o estímulo estressante; percebendo estímulos estressantes como positivos e controláveis. A outra leva a um determinado estilo de enfrentamento com características que podem minimizar os efeitos do estímulo estressante facilitando estratégias mais adaptativas ou inibindo as menos adaptativas. Estas pessoas concebem e enfrentam a vida de uma forma mais otimista, entusiasta, são pessoas curiosas, abertas a novas experiências, caracterizadas por altos níveis de emoções positivas. Fazem frente a experiências traumáticas utilizando o bom humor, a exploração criativa e o pensamento otimista.

"...Pick up the pieces and go home..."
"...You live,you learn..."


Fontes:
Bowlby, J. (1990). Trilogia Apego e Perda. Volumes I e II. São Paulo. Martins Fontes
Grotberg, E. (1995) A guide to promoting resiliense in children: strengthening the human spirit.The International Resilience Project: Bernard Van Leer Foundation.

Oração do cavalo

Fonte: Cabanha São Miguel

Ao meu amo, ofereço minha oração:

Dá-me comida e cuida de mim,
e quando a jornada terminar,
dá-me abrigo, uma cama limpa e seca
e uma baia ampla para descansar em conforto.

Fala comigo: tua voz muitas vezes
significa para mim o mesmo que as rédeas.

Afaga-me, às vezes,
para que te possa servir com mais alegria
e aprenda a te amar.

Não maltrates a minha boca com o freio
e não me faças correr ao subir um morro.

NUNCA – eu te suplico – nunca me agridas
ou espanques quando não entender
o que queres de mim,
mas dá-me uma oportunidade de te compreender.

E quando não for obediente ao teu comando,
vê se algo está incorreto nos meus arreios
ou maltratando meus pés.

E, finalmente, quando a minha utilidade se acabar,
não me deixes morrer de frio ou à míngua
nem me vendas para alguém cruel
para ser lentamente torturado ou morrer de fome,
mas bondosamente, meu amo,
sacrifica-me tu mesmo,
e teu Deus te recompensará para sempre.

Não me julgues irreverente se te peço isso,
em nome daquele que também nasceu num estábulo.

Amém!


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Comfortably Numb (Pink Floyd)

Hello,
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me
Is there anyone at home?

Come on now
I hear you're feeling down
Well, I can ease your pain
And get you on your feet again

Relax
I'll need some information first
Just the basic facts
Can you show me where it hurts

There is no pain, you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child I had a fever
My hands felt just like two balloons

Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am
I have become comfortably numb

I have become comfortably numb

O.K.
Just a little pin prick
There'll be no more...aaaaaaaah!
But you might feel a little sick
Can you stand up?
I do belive it's working, good
That'll keep you going, through the show
Come on it's time to go.

There is no pain you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move, but I can't hear what you're saying
When I was a child
I caught a fleeting glimpse
Out of the corner of my eye
I turned to look but it was gone
I cannot put my finger on it now
The child is grown
The dream is gone
And I have become
Comfortably numb.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sarney em blue pulôver

Fotos quentinhas tiradas hoje do Sarney :)





Adote -me por favor!!!

Prece do cão

Trata-me com carinho, pois nenhum coração em todo o mundo será mais agradecido do que o meu.

Não me eduque com pancadas, pois embora eu possa lamber-te as mãos entre dois golpes, a tua paciência e compreensão ensinar-me-ão mais rapidamente as coisas que espera que eu aprenda.

Fala-me muito, pois a tua voz é a música mais doce do mundo, como demonstram os ardentes sacolejos de minha cauda quando ouço os teus passos.

Quando o tempo estiver frio e chuvoso, conserva-me dentro de casa, pois sou um animal doméstico, sem preparo para as intempéries e minha glória será o privilégio de sentar-me junto aos teus pés.

Conserva a minha vasilha com água fresca e limpa, pois não posso reclamar e dizer o quanto estou com sede.

Dê-me comida limpa e sadia para que eu me sinta bem e possa brincar, cumprir as tuas ordens, passear ao teu lado e estar sempre pronto a proteger-te com minha própria vida, estando a tua em perigo.

E quando eu estiver bem velho e Deus me privar da saúde e da visão, não me vires as costas... Faça-me o bem de deixar que a minha vida de dedicação e fidelidade possa se extinguir suavemente ao teu lado e eu demonstrarei, com meu último alento, que sempre me senti seguro em tuas mãos.

Amém.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Perebas eternas!

Me acordei hoje com as orelhas perebentas, pingando meleca... e resolvi fazer um post sobre isso. Tenho MUITOS problemas alérgicos, mas esse é de certa forma bem comum (principalmente entre as mulheres) e as pessoas chamam popularmente de "pele de rico"ou "orelhas de rico". Esse nome foi "dado" pelo fato de normalmente o ouro de alta quilatagem e a prata pura causar pouca ou nenhuma irritação a pele das pessoas que possuem esta sensibilidade cutânea . Existem outros metais, produtos e medicações que também podem causar essa reação alérgica. O nome desta patologia é Dermatite de Contato.

O que é dermatite de contato?

A dermatite de contato é uma reação alérgica cutânea que resulta do contato com uma substância que é usualmente inócua para os outros.

Quais são as manifestações comuns da alergia de contato?

A manifestção mais comum é uma lesão vermelha que coça, e que se desenvolve em alguns dias, após o contato da pele com uma substância. A área afetada primeiro começa a coçar, depois se torna vermelha e inchada com vesículas (pequenas bolhas d'água).
Embora usualmente restrita à área de contato, algumas vezes muito bem definida, a lesão pode se espalhar para outras regiões do corpo. Ocasionalmente, as lesões são mais crônicas, manifestando-se como uma placa que coça, que não cicatriza por semanas ou mesmo meses. Isto usualmente ocorre quando há contato freqüente com a substância, p.ex. a pulseira de um relógio.

Quais são as substâncias comuns que causam a alergia de contato?

A substância que causa alergia de contato é chamada de alérgeno de contato. Os alérgenos comuns de contato são:
- metais: níquel em bijuterias, cromo no cimento
- produtos de cuidado da pele p.ex. fragrâncias, lanolina
- medicação p.ex. flavina, neomicina

Um teste cutâneo pode confirmar uma alergia de contato. A região superior do tronco é usada como local para teste. Uma pequena quantidade do suspeito alérgeno de contato (diluído para uma concentracão não irritante), é aplicado na pele e é selado com fita hipoalergênica. Usualmente, vários alérgenos são testados simultaneamente. Eles são deixados na pele por 48 horas, e avaliados após 48 e 96 horas. Uma reação positiva indica que o paciente é alérgico à substância testada. Este é um procedimento muito seguro.

É necessário fazer um teste tão trabalhoso?

Muitas vezes é necessário. Um exemplo da necessidade do teste de contato é quando uma lesão persiste por um período longo. Um teste de contato pode ajudar a determinar a causa de uma lesão. Uma outra situacão em que pode ser importante o teste de contato é quando a dermatite pode ser causada pelo trabalho. Há muitas substâncias no local de trabalho que podem causar alergia de contato.

Há uma cura para a dermatite de contato?

Em muitos casos, remover a causa, i.e. o alérgeno do contato da pele, resultará na cura.
Usualmente, uma vez que a alergia a uma substância se desenvolveu, esta permanece por toda vida. Isto é, novo contato com a substância resultará em uma nova dermatite de contato alérgica. Isto é exatamente como uma alergia a droga. É recomendável para os pacientes carregar um cartão para lembrá-los e aos seus médicos de sua alergia de contato.

Fonte: www.derme.org

Sarnei again!

Gente, preciso REALMENTE de ajuda para tentar achar uma nova família para o Sarnei . Não tenho condições, nem espaço e nem tempo para ter mais um animal...
Ele deve estar com uns 70 dias, já foi vermifugado, está quase curado da sarna , é muitoooo carente e ADORAAAAA tomar banho.

Segue mais umas fotos dele tiradas ontem na hora do banho diário (por causa do tratamento com shampoos e loções e sabonetes...).















Faça sua parte!
Me ajudem a divulgar!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Detalhes exclusivos ;)

Sempre tive uma forte inclinação as artes em geral, principalmente as plásticas. Passei anos com falta de interesse e inspiração até que este ano a vontade de "inventar moda" voltou. Comecei fazer artesanatos para presentear pessoas especiais e enfeitar minha casa.
Segue algumas fotos de coisas de que fiz a muito tempo e outras recentemente. Aos poucos irei postando mais das minhas "bugigangas exclusivas".

- Plaquinhas de portas e ambientes:


- Porta do meu quarto










(Pra quem não conhece, esta é a dona desta placa - detalhe do sorriso tímido da Dany... ehheeheheh)



- Porta produtos de higiene do Toilet




- Pedaço da parede da cozinha (detalhe do quadro pintado a óleo sobre tela de quando eu tinha 11 anos)


- Prendedores enfeitados

- Vidro para guardar chás

- Faces de um cubo de enfeitar mesa de aniversário de criança ( tenho que entregar esta semana para o niver da minha afilhada... e também uma tartaruga que ainda está inacabada).










- Óleo sobre tela. Não me lembro a data mas pintei também em torno dos 11 anos.




- Mesa e cadeiras: as cadeiras restaurei e a mesa foi feita do zero. Foram feitos para ficar na sacada, mas como o inverno tem sido muito chuvoso, coloquei no escritório para não estragar.






- Jardim aéreo (artificial) da sacada.