terça-feira, 30 de novembro de 2010

E a (minha) palavra do dia é... Rancor.

Significado de Rancor

s.m. Ressentimento profundo e reservado decorrente de mágoa que se sofreu sem protesto;

Aversão não manifestada.

Obs: Infelizmente sou a pessoa mais rancorosa do mundo eu acho e isso me corrói cada dia um pouquinho e ao mesmo tempo me mostra o quão superior a tantas pessoas eu sou...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Outra chance

Sentada em um banco, ela lhe contou tudo, de maneira bem resumida, o que andava passando.

De olhar calmo e terno, o homem que já sabia de tudo, falou a ela com palavras diretas:

- Tu recebeu mais uma chance. Uma chance de acertar tua vida, de seguir. Cada um tem seu tempo, e eu ainda quero estar no teu grande dia de glória... Tu salvarás ainda muitas vidas por aí. Já ele, talvez seja a última chance de fazer o certo. Se não for agora, talvez ele não dê outra chance...

Ela saiu com um alívio no coração por um lado, mas um peso imenso do outro.

Ela precisaria mudar para que ele mudasse.

Ela precisaria mudar para que ele pudesse também, se precisasse, ter outra chance.

domingo, 21 de novembro de 2010

Os 10 mandamentos do pronto-socorro

  1. Se você não sabe o que o paciente tem, dê Voltaren;
  2. Se você não entende o que viu, dê Benzetacil;
  3. Caiu e passou mal, dê Gardenal;
  4. Tá com uma dor bem grandona, dê Dipirona;
  5. Se você não sabe o que é bom, dê Decadron;
  6. Vomitou tudo que ingeriu, dê Plasil;
  7. A pressão subiu? Dê Captopril;
  8. Chegou morrendo de choro, ponha no soro;
  9. Arritmia doidona, dê Amiodarona;
  10. Pelo não, pelo sim, dê Rocefin...
Fonte: www.mediconerd.com

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Meu relacionamento com crianças

Qualquer pessoa "normal"que ouça eu falar que não gosto de crianças no mínimo vai me achar uma criatura má. Bem, caso tu venhas a me conhecer, saberás que de má não tenho nada, aliás, já ouvi comentários muito sinceros dizendo que sou uma das pessoas mais bondosas e de bom coração que já conheceram.

O fato é que eu fui uma criança que não gostava de ser criança. Sempre me relacionei com amigos mais velhos, frequentava ambientes, que pela minha faixa etária, eram proibidos. Sempre quis ser adulta. Sempre quis agir como adulto, apesar de sentir falta do colinho de mãe muitas vezes.

Meus amigos e familiares até acham meio cômico esse meu jeitão.

A verdade é que não é que eu não gosteeeee de crianças. Veja bem, jamais faria mal a qualquer ser vivo, até costumo falar que se eu depender de eu matar algo para comer, viro vegana na hora. Repudio maus tratos a qualquer criatura. Sofro muito com muitas coisas que vejo e ouço por aí. Apenas acho crianças, ainda mais bebês, chatos e entediantes. Não tenho paciência. Acho feio, burro e desengonçado. Só mesmo pais para afirmarem categoricamente e com orgulho que seu "joelho"é a coisa mais linda e esperta que já viram. Bebês são as coisas mais "inúteis"que existem. Só choram, adoecem com muita facilidade, fazem cocô, dormem e não deixam os pais dormirem direito.

Minha mãe costumava me contar uma historinha de quando eu nasci. Nesse aspecto, ela sempre foi muito realista. Após meu nascimento, meus pais foram para a maternidade. Minha mãe fixou seus lindos olhos claros em um recém nascido. Segundo ela, era perfeito. Gordinho, branquinho, loirinho, coradinho, um verdadeiro "bebê Johnson". Pensou que estava alí a filha dela maravilhosa na qual carregou por nove meses, a fez engordar 22 kg e sentir inúmeras dores. Então uma enfermeira vem trazendo um fiapo de gente nos braços, protegida por um travesseiro. Magricela, comprida, careca, o quadro da dor. Era sem dúvida o RN mais escabroso do recinto. Meses depois ficou bonitinha, dizia ela.

As crianças costumam gostar de mim. Sei lá se sentem confiança, ou me acham engraçada, porque elas passam me olhando, rindo e algumas vezes até me dão coisas. Esses tempos estava eu numa formatura quando um piá me achou no meio do povo. Passou a festa toda me olhando, me seguindo e me dando pétalas de rosas brancas. Me achou bacana, palhaça ou algo do tipo.

Tenho duas afilhadas, uma de 8 e a outra de 4 anos. Enquanto elas eram bebês, mal chegava perto delas. Peguei elas pouquíssimas vezes no colo, uma delas foi no batismo das mesmas. Porém agora me dou super bem com elas e sei que elas gostam de mim. Trato elas como adultas, claro, respeitando o que devem e podem ouvir e entender. Nunca fui de "nhê nhê nhem", e na real acho que nem as próprias crianças gostam deste tipo de tratamento.

Se me acho menos "humana"pelo fato de "não gostar"de crianças? De jeito nenhum! Acho que isso é uma característica da minha personalidade, que desde que me conheço por gente pensei e agi assim.

Enfim, uma coisa é certa: se as coisas não derem certo e eu acabar não seguindo na carreira de Cirurgia Plástica tenho, pelo visto, "boa aceitação"do público na pediatria - que é uma das residências médicas mais fáceis e de menos concorrência.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E NEM aí...


Se uma escola privada cometer erro ao formular questões nas provas, se errar nos gabaritos etc. é incômodo na certa, ninguém perdoa, pobre escola e pobre professor, ih, esse já foi posto sumariamente na rua! E se o mesmo erro acontecer no ano seguinte? Bom, aí teremos novas demissões. Um escândalo! A escola será crucificada, já era, quem mandou errar?


Eu falei escândalo, é, mas esqueci de dizer que será escândalo somente se acontecer numa escola privada. Ah não? Dá só uma olhadinha no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Tranquilo que nem água de poço! Rsrs. É, mas sinto dizer que esse tal exame tem histórias pra contar. Uma coleção de escândalos. Acho mesmo que o ENEM, por alguma razão inexplicável, optou em colecionar escândalos, coleçãozinha infame essa, tchê. Fico pensando no prejuízo dos alunos, muitos com dificuldades financeiras até pra comparecer no local das provas. Penso também no prejuízo econômico e moral do país. Óbvio, o ENEM já perdeu sua credibilidade, alguém duvida? Eu não. Mas pelo visto, os responsáveis pela educação brasileira não estão nem aí. O presidente Lula, como de hábito, em vez de tomar uma atitude condizente com a gravidade do problema, alardeou lá na África que "o ENEM foi um sucesso". Well, well. E nós com isso se ele gosta de escândalos?

Você não lembra o que aconteceu com o ENEM em 2009? Calmaí, vou refrescar tua memória. Em 2009 as provas foram furtadas da tal de gráfica PLURAL. Sim, cancelaram o contrato, colocaram panos quentes e caiu no esquecimento. Vai uma pizza aí? rsrs. Agora estamos em 2010, e pasme, temos novo escândalo: a gráfica não sei o nome, "esqueceu" de conferir um lote de 21.000 provas!! E precisamente as que saíram com erro!! Por Deus, chega de pizzas.

Esse ano minha irmã foi uma das pessoas"sortudas"que acabaram ganhando a famosa prova amarela (sim, esse azarão é de berço). Se ela foi prejudicada? Claro que sim! Os fiscais tentaram "tapar o sol com a peneira"dando aos alunos, vítimas do erro, provas da cor rosa. Mas o desenrolar da história demorou tanto tempo e causou tanto furor entre alunos e fiscais, que acabaram por perder muito do tempo precioso de resoluçao da prova. Sem contar que tiveram de passar suas respostas do caderno amarelo para o caderno rosa. Detalhe: as questões em cada caderno possui ordens diferenciadas (sistema anti- cola???), o que dificultou ainda mais a passagem de respostas. Tirando isso, toda a linha de raciocínio do indivíduo foi por água abaixo. E para amenizar os ânimos de todos (???) foi dado pelos ficais mais meia hora para TODOS afim de que a prova fosse finalizada.

Tenha dó...

O que era para ser motivo de total orgulho e admiração dos estudantes, tem se tornado um tormento imenso. Posso dizer que esse exame que era para ser um grande meio de inclusão social, tem se demonstrado uma verdadeira falta de respeito com os jovens - HÃM, HÃM alguns nem tão jovens assim. Existem muitos prós e contras em todo o sistema ENEM, porém na organização e aplicação das provas só temos visto grandes erros e inadmissíveis, capazes, e com razão, das grandes Universidades que acabaram decidindo por aderir ao sistema, desistirem e retornarem aos seus vestibulares sérios e eficazes.
Algumas Universidades Federais do país já até se desvincularam...

Mudando um pouquinho de assunto, mas ficando por aqui mesmo, achei uma vergonha o Brasil ocupar o 73º lugar no IDH - Índice do Desenvolvimento Humano que a ONU fez publicar recentemente. Mas pensando bem, depois do que ouvi na TV, tenho mais é que botar minha viola no saco e cantar noutro lugar! Imagine você que, falando sobre o tal escândalo do ENEM, o Ministro da Educação isentou o INEP de qualquer erro. (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais--INEP é o organismo que controla o ENEM). E NEM aí para o escândalo...


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pessoas inteligentes bebem mais.

PS: Bem, para muita gente isso não é nenhuma novidade, inclusive eu.

Bebeu demais? Nada de se sentir um lixo: pode considerar a ressaca do dia seguinte um reflexo da sua superinteligência. Soa politicamente incorreto, a gente sabe, mas é o que indicam informações de dois estudos, um feito no Reino Unido (o National Child Development Study) e outro nos EUA (o National Longitudinal Study of Adolescent Health).

Em ambos, pesquisadores mediram a inteligência de crianças e adolescentes de até 16 anos e as categorizaram em uma de cinco classes cognitivas: “muito burro”, “burro”, “normal”, “esperto” ou “muito esperto” (de novo, politicamente incorreto, mas tudo pelo bem da ciência, né?). Os hábitos das crianças americanas foram registrados por sete anos depois disso; já as inglesas foram acompanhadas por mais tempo, até os 40 anos.

Os pesquisadores mediram os hábitos alcoólicos de cada uma conforme elas iam envelhecendo. E eis que as crianças avaliadas como mais inteligentes em ambos os estudos, quando cresceram, bebiam com mais frequência e em maiores quantidades do que as menos inteligentes. No caso dos ingleses, os “muito espertos” se tornaram adultos que consumiam quase oito décimos a mais de álcool do que os colegas “muito burros”. E isso mesmo levando em consideração variáveis que poderiam afetar os níveis de bebedeira, como estado civil, formação acadêmica, renda, classe social etc. Ainda assim, o resultado foi o mesmo: crianças inteligentes bebiam mais quando adultos. E por que, hein?

Há hipóteses (uma, que a gente viu lá no Psychology Today, diz que essa relação entre álcool e inteligência seria um traço evolutivo que começou há cerca de 10 mil anos, quando finalmente surgiu o álcool bebível; até então, o único jeito de ficar alcoolizado era a partir de frutas apodrecidas – coisa séria), mas os pesquisadores ainda não sabem ao certo. Eles alertam, no entanto, que apesar de a tendência a “beber mais” estar de alguma forma ligada à esperteza de cada um, encher a cara não deixa ninguém “mais inteligente”. Ouviu?

Fonte: Revista Superinteressante