sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Meu relacionamento com crianças

Qualquer pessoa "normal"que ouça eu falar que não gosto de crianças no mínimo vai me achar uma criatura má. Bem, caso tu venhas a me conhecer, saberás que de má não tenho nada, aliás, já ouvi comentários muito sinceros dizendo que sou uma das pessoas mais bondosas e de bom coração que já conheceram.

O fato é que eu fui uma criança que não gostava de ser criança. Sempre me relacionei com amigos mais velhos, frequentava ambientes, que pela minha faixa etária, eram proibidos. Sempre quis ser adulta. Sempre quis agir como adulto, apesar de sentir falta do colinho de mãe muitas vezes.

Meus amigos e familiares até acham meio cômico esse meu jeitão.

A verdade é que não é que eu não gosteeeee de crianças. Veja bem, jamais faria mal a qualquer ser vivo, até costumo falar que se eu depender de eu matar algo para comer, viro vegana na hora. Repudio maus tratos a qualquer criatura. Sofro muito com muitas coisas que vejo e ouço por aí. Apenas acho crianças, ainda mais bebês, chatos e entediantes. Não tenho paciência. Acho feio, burro e desengonçado. Só mesmo pais para afirmarem categoricamente e com orgulho que seu "joelho"é a coisa mais linda e esperta que já viram. Bebês são as coisas mais "inúteis"que existem. Só choram, adoecem com muita facilidade, fazem cocô, dormem e não deixam os pais dormirem direito.

Minha mãe costumava me contar uma historinha de quando eu nasci. Nesse aspecto, ela sempre foi muito realista. Após meu nascimento, meus pais foram para a maternidade. Minha mãe fixou seus lindos olhos claros em um recém nascido. Segundo ela, era perfeito. Gordinho, branquinho, loirinho, coradinho, um verdadeiro "bebê Johnson". Pensou que estava alí a filha dela maravilhosa na qual carregou por nove meses, a fez engordar 22 kg e sentir inúmeras dores. Então uma enfermeira vem trazendo um fiapo de gente nos braços, protegida por um travesseiro. Magricela, comprida, careca, o quadro da dor. Era sem dúvida o RN mais escabroso do recinto. Meses depois ficou bonitinha, dizia ela.

As crianças costumam gostar de mim. Sei lá se sentem confiança, ou me acham engraçada, porque elas passam me olhando, rindo e algumas vezes até me dão coisas. Esses tempos estava eu numa formatura quando um piá me achou no meio do povo. Passou a festa toda me olhando, me seguindo e me dando pétalas de rosas brancas. Me achou bacana, palhaça ou algo do tipo.

Tenho duas afilhadas, uma de 8 e a outra de 4 anos. Enquanto elas eram bebês, mal chegava perto delas. Peguei elas pouquíssimas vezes no colo, uma delas foi no batismo das mesmas. Porém agora me dou super bem com elas e sei que elas gostam de mim. Trato elas como adultas, claro, respeitando o que devem e podem ouvir e entender. Nunca fui de "nhê nhê nhem", e na real acho que nem as próprias crianças gostam deste tipo de tratamento.

Se me acho menos "humana"pelo fato de "não gostar"de crianças? De jeito nenhum! Acho que isso é uma característica da minha personalidade, que desde que me conheço por gente pensei e agi assim.

Enfim, uma coisa é certa: se as coisas não derem certo e eu acabar não seguindo na carreira de Cirurgia Plástica tenho, pelo visto, "boa aceitação"do público na pediatria - que é uma das residências médicas mais fáceis e de menos concorrência.

5 diagnósticos:

Jim Carbonera disse...

Isso é do gosto de cada um. Eu sempre fui um bebezao, por isso acho q gosto de criança. Mas nao sao de todas tb. Criança mimada por exemplo?! Eu acho um a saco e nao suporto.

Entao tu é humana sim, mesmo nao gostando de criança.

Eu nem sou muito chegado em "pessoas". E nem por isso deixo de me considerar humano :D

Prefito os cachorros hehehe

Bjs

http://www.estilodistinto.com/

Lu Souza Brito disse...

Olá Chelle,

Talvez nao tenha sido sua intenção, mas o post ficou em engraçado.
Menina, eu aprendi a gostar de criança depois dos 20. Antes também achava que elas so serviam para encher o saco ( e me fazer de babá no caso dos meus irmãos e apanhar pelas artes deles).
Hoje eu gosto bem mais e me encanto com eles (a partir dos 3 anos são mais interessantes e espertos).
Mas sempre fui criticada por tratá-los como adulto e como diz minha mãe "querer que se comportem como adultos".
Agora quer saber o mais interessante: apesar disso eles me adoram e me respeitam. Vai entender!

Anônimo disse...

Menina....
Me dou bem com adolescentes...pré adolescentes, mas crianças chatinhas naum rolam!!!!!
Gosto de crianças, mas naum me vejo escutando choro de nenem por enqt..hahahhahaha
e olha q tenho 32!!!!!
Espero por vc lah no blog, hein...
Bjks, Vanessa Ramos

Tina Maria Bolsas disse...

Comigo já foi o inverso. Sempre adorei criança e fui babá de vários na família. Depois casei, tive dois "machos", adorei, sempre tive muita paciência, mas agora que os meus já estão rapazes, tb perdi a paciência com criança. No máximo 10 minutos de brincadeira e chega, rsr.

E além do mais vc tem toda razão...criança é um bichinho difícil mesmo, tem alguns realmente insuportáveis.

Conselho de amiga: pediatria nãaaaaaaaao; mãe não dá sossego pra pediatra; vc vai enlouquecer, rs.

Obrigada pela visita! Fico feliz em saber que vc gostou do meu trabalho. Bjus e sucesso!

Aline disse...

Ah, acho que é apenas uma questão de afinidade.. beijos