Pensamentos e assuntos que surgem na cabeça e que devem ser postos para fora (ainda mais com algum álcool no sangue)... é para isso que serve este blog mesmo...
Sempre achei que existisse dois tipos de pessoas, as boas e as más.
Até hoje.
Após uma experiência pessoal percebi que as pessoas neutras ou indiferentes, aquelas que ficam em cima do muro sem grande destaque e pouca iniciativa, também são um grupo muito presente entre nós.
Muitas vezes acabamos nos deparando com alguém agindo com tanta indiferença perante muitas tragédias e atrocidades mas não entendemos ou achamos que simplesmente são pessoas más, de corações vazios. Mas na verdade elas agem assim porque não se importam, não as abalam, não por egoísmo, mas porque simplesmente é normal e não as chocam.
Se você passar a infância inteira assistindo matança de animais, pode acabar achando isso normal. Se você passar a infância assistindo seus pais brigarem, pode acabar achando que que os casamentos são ruins e que não dão certo. Não quer dizer que você seja uma má pessoa, só que você simplemente só presenciou isso e é sua única realidade. E assim com tantas outras situações.
Difícil para muitos de nós vermos algum doente terminal ou animal maltratado por exemplo, para este grupo a morte é vista de modo simplista e um animal é apenas um animal... Vai-se um e aparecem mais cem. É fácil não se envolver muito e é mais fácil se desapegar.
O certo e errado, o bom e ruim vem do berço; sem as bases sólidas é impossível chegar na sociedade um adulto centrado, com caráter, ética (em qualquer área profissional) e muito menos que se tenha compaixão verdadeira com o próximo. Acho que os pais, biológicos ou não, são responsáveis por 90% no mínimo do que o filho se tornará. Tentar manter a integridade emocional da criança deveria ser obrigatório.
Apesar de saber que dentro de todos nós existe o bom e ruim, sei que muito do que irá se sobressair se deverá do que nos é exposto. Cada fase ao seu tempo, tudo tem seu tempo. É fácil saber o que é ruim... difícil é aprender e entender o que é bom.
Poupem a infância da sarjeta do mundo.
sábado, 28 de novembro de 2009
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1 diagnósticos:
É verdade Chelle. Lembra aquele texto "Los ninos aprendem lo que viven". É bem por aí. Esse caminho que "poupa as crianças da sarjeta do mundo" tem um nome: chama-se EDUCAÇÃO. Mas é difícil educar as crianças com exemplos concretos porque vivenciar valores é diferente de empunhar bandeiras em defesa disto ou daquilo. O discurso é bem diferente da prática, pois esta depende de inúmeras variáveis e requer de nós uma boa parcela de coragem e despreendimento no momento de agir frente a situações que a vida nos apresenta e nos convida a decidir. É um caminho delicado e tortuoso, mas acredito que seja o único que poderá oportunizar mudanças no agir dessas mentalidades doentias e cruéis. Pois se o amor é apreendido, a crueldade também, logo, se eles agem assim, alguém os ensinou. Hoje em dia, sair da neutralidade, levantar a voz e agir em defesa de quem não pode falar - mormente dos animais - é um verdadeiro apostolado, difícil e sacrificado. E sem retorno. Mas é uma escolha de vida. A razão está com Dante quando diz (na Divina Comédia) que as pessoas que se mantém neutras diante dessas amarguras já estão com seu lugar reservado no inferno. Arebaba!!!!!!!!
bjssssss.
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