
Sorridente e com um brilho intenso no olhar a menina falava todos os dias para o jovem peão da fazenda.
- Tu não tem força para fazer isso guria! Isso é trabalho para homem.
Nem homem feito ele era, mas perto de uma menininha com menos de uma década de vida podia falar com algum orgulho sobre si e tentar impor algum tipo de respeito.
Mesmo assim, os dias passavam e aquela cena se repetia.
Em qualquer lugar que ia o rapaz, lá estava aquela criança correndo feliz, querendo ser útil para aquele estranho que a cativava tanto sem motivo aparente.
Enfim, a única coisa que ela sabia e entendia é que gostava dele, de ficar perto dele, e nessas horas do dia dela nada mais importava.
Isso foi só o começo de tudo.
Uma hora passou. Tudo passa.
(por Michelle Schons)