sábado, 28 de novembro de 2009

Em cima do muro

Pensamentos e assuntos que surgem na cabeça e que devem ser postos para fora (ainda mais com algum álcool no sangue)... é para isso que serve este blog mesmo...

Sempre achei que existisse dois tipos de pessoas, as boas e as más.

Até hoje.

Após uma
experiência pessoal percebi que as pessoas neutras ou indiferentes, aquelas que ficam em cima do muro sem grande destaque e pouca iniciativa, também são um grupo muito presente entre nós.

Muitas vezes acabamos nos deparando com alguém agindo com tanta indiferença perante
muitas tragédias e atrocidades mas não entendemos ou achamos que simplesmente são pessoas más, de corações vazios. Mas na verdade elas agem assim porque não se importam, não as abalam, não por egoísmo, mas porque simplesmente é normal e não as chocam.

Se você passar a infância inteira assistindo matança de animais, pode acabar achando
isso normal. Se você passar a infância assistindo seus pais brigarem, pode acabar achando que que os casamentos são ruins e que não dão certo. Não quer dizer que você seja uma má pessoa, só que você simplemente só presenciou isso e é sua única realidade. E assim com tantas outras situações.

Difícil para muitos de nós vermos algum doente terminal ou animal maltratado por exemplo,
para este grupo a morte é vista de modo simplista e um animal é apenas um animal... Vai-se um e aparecem mais cem. É fácil não se envolver muito e é mais fácil se desapegar.

O certo e errado, o bom e ruim vem do berço; sem as bases sólidas é impossível chegar na sociedade um adulto centrado, com caráter, ética (em qualquer área profissional) e muito menos que se tenha compaixão verdadeira com o próximo. Acho que os pais, biológicos ou não, são responsáveis por 90% no mínimo do que o filho se tornará. Tentar manter a integridade emocional da criança deveria ser obrigatório.

Apesar de saber que dentro de todos nós existe o bom e ruim, sei que muito do que irá se
sobressair se deverá do que nos é exposto. Cada fase ao seu tempo, tudo tem seu tempo. É fácil saber o que é ruim... difícil é aprender e entender o que é bom.


Poupem a infância da sarjeta do mundo.

domingo, 22 de novembro de 2009

Faça seu coração parar de chorar

Linda música trilha sonora do fantástico filme Efeito Borboleta.




Faça seu coração parar de chorar

Segure-se
Segure-se
Não tenha medo
Você nunca mudará o que aconteceu e o que já foi

Deixe seu sorriso (deixe seu sorriso)
Brilhar (brilhar)
Não tenha medo (não tenha medo)
Seu destino pode manter você aquecida

Porque todas as estrelas
Estão desaparecendo
Apenas tente não se preocupar
Você as verá algum dia
Pegue o que você precisa
E siga seu caminho
E faça seu coração parar de chorar


Levante (levante)
Venha (venha)
Por que você está assustada? (Não estou assustada)
Você nunca mudará
O que aconteceu e o que já foi

Porque todas as estrelas
Estão desaparecendo
Apenas tente não se preocupar
Você as verá algum dia
Pegue o que você precisa
E siga seu caminho
E faça seu coração parar de chorar


Nós somos todas as estrelas
Nós estamos desaparecendo
Apenas tente não se preocupar
Você nos verá algum dia
Apenas pegue o necessário
E siga seu caminho
E faça seu coração parar de chorar
Faça seu coração parar de chorar
Faça seu coração parar de chorar

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Absurdo gente!!!

Quase chorei de raiva lendo isso...

Polícia prende donos de restaurantes suspeitos de vender carne de cachorro Carne era consumida pela comunidade oriental, segundo investigação.


Proprietários de abatedouro foram presos em flagrante em Suzano.Policias civis prenderam no início da tarde desta quinta-feira (12) dois proprietários de restaurantes orientais suspeitos de vender carne de cachorro no Bom Retiro, região central de São Paulo.

De acordo com a polícia, os estabelecimentos encomendavam carne de animais abatidos em Suzano, na Grande São Paulo.
De propriedade de um casal, que foi preso em flagrante nesta quinta, o abatedouro ficava nos fundos de uma casa. “Eles matavam com um machado e, depois, queimavam o couro com maçarico”, afirmou o delegado Anderson Giampaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública. Semanalmente, eram vendidas dez carcaças, cada uma variando entre R$ 180 e R$ 220, diz a polícia. Investigações apontam que o casal fornecia os animais havia três anos. “Eles disseram que não sabiam que isso era ilegal”, acrescentou o delegado.

Segundo a polícia, cachorro encontrado vivo ainda seria abatido (Foto: Adriano Vaccari/Futura Press )

No freezer da casa, a polícia encontrou 70 quilos de carne, que incluía, além dos cães, dois gatos inteiros. Segundo os investigadores, o dono da casa contou que pegava qualquer animal na rua. Alguns eram mantidos no quintal esperando pela encomenda. “Isso é uma infração gravíssima, já que não sabemos a procedência dos animais”, afirmou o delegado. O casal e os proprietários dos restaurantes vão responder por crime contra a fauna, contra o meio ambiente e por formação de quadrilha. Os restaurantes deverão ser fechados pela Vigilância Sanitária.

A carne de cachorro é uma tradição milenar na Coréia do Sul. A maior parte dos restaurantes que servem carne de cachorro na Coréia estão no interior do país. No Centro de Seul, é difícil encontrar restaurantes que sirvam pratos com a carne.


Fonte: G1

Campanha nova do PETA


Animais mortos por causa de sua pele são eletrocutados, afogados, espancados e muitas vezes escalpelados vivos. Por favor, não use pele”.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Despertar Inadvertido

O despertar inadvertido durante a anestesia (DIDA), ocorre quando um paciente sob o anestesia geral se torna consciente de algum ou de todos os eventos durante a cirurgia ou um dado procedimento e tem a recordação direta daquele(s) evento(s). Por causa do uso rotineiro dos relaxantes neuromusculares durante a anestesia geral, o paciente é frequentemente incapaz de comunicar-se com a equipe cirúrgica se esta complicação ocorrer.

A freqüência do DIDA encontrada em estudos múltiplos varia entre 0,1 e 0,2 por cento de todos os pacientes que submetem-se a anestesia geral.(1,2,3) Levando-se em conta que a administração do anestesia geral chega a 21 milhão (oes) pacientes anualmente nos Estados Unidos, a ocorrência de 20.000 a 40.000 casos da DIDA por ano preocupa bastante. Pacientes tiveram recordações auditivas (48 porcento), sensação de não poder respirar (48 porcento), e dor (28 porcento).(1)
Acima de 50 por cento destes pacientes experimentaram algum tipo de estresse mental no pós anestésico e um certo número deles teve sintomas de síndrome do stress pós traumático.(2,3) Alguns pacientes descrevem estas ocorrências como sua "pior experiência dentro de um hospital," e outras assumiram a determinação de nunca mais submeterem-se outra vez à cirurgia.

A incidência da DIDA é maior nos pacientes em que a dose do anestésico geral teve que ser menor e titulada com cuidado para diminuir efeitos colaterais significativos, por exemplo, pacientes hemodinamicamente instáveis. Os procedimentos identificados como tipicamente desta categoria são as cirurgias cardíacas, obstétricas e do trauma.(4)
Fatores que contribuem ao risco de DIDA incluem o uso crescente da utilização exclusiva de agentes venosos em oposição aos inalatórios e a superficialização prematura da anestesia no fim dos procedimentos, a fim de facilitar a liberação da sala cirúrgica.

Monitorar pacientes sob o anestesia geral para impedir o DIDA pode ser encarado como um desafio. Apesar de uma variedade de métodos de monitorização disponíveis, o DIDA é difícil de reconhecer quando ocorre. Os indicadores fisiológicos típicos e da resposta motora, tal como a pressão arterial elevada, a taquicardia ou o movimento, ou as mudanças hemodinamicas são mascaradas frequentemente pelo uso de agentes paralisantes, usados para conseguir o relaxamento muscular necessário durante o procedimento, bem como a administração simultânea de outras drogas necessárias à manutenção do paciente, tal como betabloqueadores ou bloqueadores de canais de cálcio.


Para superar as limitações de métodos atuais para detectar o DIDA novos métodos estão sendo desenvolvidos, menos afetados pelas drogas usadas tipicamente durante o anestesia geral. Estes dispositivos medem a atividade do cérebro melhor que respostas fisiológicas. Estes dispositivos de eletroencefalografia (EEG) (chamados também monitores do nível de consciência, do nível de sedação ou de profundidade de anestesia) incluem o Índice de Bispectral (BIS)®, freqüência spectral da borda (SEF) e monitores medianos de freqüência (MF). Estes dispositivos podem ter um papel em impedir e em detectar o DIDA nos pacientes com risco mais elevado, minorando a incidência da complicação. Ainda não há evidências suficientes para definir definitivamente o papel destes dispositivos em detectar e em impedir o despertar durante a anestesia; a Joint Commission espera estudos adicionais e mais conclusivos sobre o tema. Em sua revisão do índice Bispectral (o monitor de BIS)®, o Food and Drug Administration determinou que o "uso do BIS ajuda a guiar a administração anestésica e pode ser associado com a redução da incidência de despertar com recordação de eventos em adultos, durante a anestesia geral e/ou sedação."

O profissional da anestesia deve frequentemente pesar os riscos psicológicos do despertar durante anestesia contra os riscos fisiológicos de anestesia excessiva em muitas circunstâncias médicas críticas. A Joint Commission pediu à ASA (American Society of Anesthesiologists) e à AANA (American Association of Nurse Anesthetists) para dirigirem a adequação das práticas de monitoração atuais a respeito dos níveis do anestesia, includo aqueles que envolvem quase nenhuma sustentação tecnológica.

fonte: www.anestesiologia.com.br

domingo, 8 de novembro de 2009

No escuro

No escuro dos dias permanecia ali deitado em um cubículo aquele velho solitário.

Não lembrava mais como era o verde das copas das árvores nem a relva do espaço em que lhe cercava. Seus instintos quase haviam desaparecido por completo, nem o tato ou olfato a qual lhe fora intensamente ampliado lhe restava.


Ás vezes no seu mundo sombrio ainda tinha alguns momentos de sensibilidade: algumas horas de algumas manhãs sentia em seu corpo inerte, dependendo da época do ano, ora uma brisa gélida ora um caloroso afago do sol em seu dorso. Mas nos últimos tempos nem isso mais o fazia se sentir vivo.


“Aguente firme seu velho inútil! Tente demostrar que está tudo bem! Não vai dar trabalho nem tristezas para as pessoas a sua volta”. Pensava ele em seus momentos de fraqueza.
Alguns minutos de cuidados semanais era doado por quem se dizia importar-se com o velho, nada mais.

Isso era suficiente para manter vivo aquele cego cão idoso . Também era o bastante para que ela pudesse dormir sem peso na consciência.


E foi assim que seguiu a vida deste animal, preso em um canil, isolado, muitas vezes deitado sobre suas próprias fezes, esperando com esperança o dia de seu fim.


(por Michelle Schons)